segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O investimento de Dietmar Hopp no Hoffenheim


Há cerca de três anos atrás o TSG 1899 Hoffenheim era um clube desconhecido, no entanto fruto da disputa pelo título germânico em que esteve envolvido durante vários meses e do conseqüente 7º lugar no campeonato, o clube recentemente promovido à Bundesliga chamou à atenção de todo o mundo do futebol, em parte pelos resultados, mas também por se situar numa pequena cidade de apenas 3.300 habitantes.

O sucesso do Hoffenheim tem um nome,… Dietmar Hopp, um milionário Alemão com uma fortuna avaliada em cerca de 6.300 Bilhões de Euros, que depois de conduzir a sua empresa de sofware à liderança mundial, investiu parte da sua fortuna pessoal para levar o clube da sua terra natal, até ao mais alto nível do futebol germânico em menos de duas décadas.

Desde 1998 Dietmar Hopp já investiu mais de 140 milhões de Euros no Hoffenheim, no entanto os resultados são visíveis. Através de uma política de contratações onde não são adquiridos jogadores com mais de 25 anos, da criação de uma centro de treinamento para jovens jogadores e de uma gestão rigorosa, Dietmar Hopp criou, como ele próprio afirma, uma empresa de futebol.

Em Janeiro de 2009, Hopp deu mais um grande passo para afirmação do Hoffenheim no futebol mundial, através da construção de um novo estádio (Rhine-Neckar Arena) com capacidade para 30.000 pessoas, que custou 30 milhões de Euros. O novo estádio irá substituir o velho recinto que apenas dispunha de 6.500 lugares. Através deste novo investimento e das novas receitas que pode gerar, Dietmar Hopp afirma que o clube será financeiramente independente a partir de 2010.

A conclusão que podemos retirar da aventura de Dietmar Hopp, é a de que um clube com apenas 2.000 associados, situado numa cidade de apenas 3.300 habitantes, tem capacidade para obter resultados esportivos e financeiros positivos. Para tal, é necessário uma gestão rigorosa e a angariação de investidores.

O modelo de negócio do Hoffenheim está a anos luz do praticado na maior parte dos clubes de médio e pequeno porte (com exceções), que continuam a ser geridos por gestores/presidentes amadores, que decidem dar uma mãozinha para ajudar o clube da terra, sem nenhuma noção da realidade da indústria do futebol nos dias que correm.

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