sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Em meio a crise financeira, clubes pedem ajuda ao Governo colombiano
Os 36 clubes profissionais do futebol colombiano pediram nesta semana ao Governo redução de impostos e concessão de créditos para atenuar a crise que levou a greves por atraso de salários, abandonos de clubes e até desmaios de jogadores em treinamentos por falta de recursos para se alimentar. Nesse panorama, as autoridades esportivas locais descartaram intervir no esporte e buscarão soluções, de acordo com anúncio feito nesta semana pelo diretor do Instituto Colombiano do Esporte (Coldeportes), Jairo Clopatofsky.
- O que se pretende é unir esforços com a Federação e com o Governo para buscar soluções para a crise enfrentada hoje pelo nosso futebol - disse Clopatofsky a jornalistas.
No entanto, o diretor do Coldeportes garantiu que a entidade "fará o trabalho de exercer ações de inspeção, vigilância e controle, se for necessário em algum momento". Os representantes das equipes da Primeira e da Segunda divisões argumentaram que as dívidas aumentaram devido ao fato de que o dinheiro que obtêm através dos patrocinadores deve ser destinado ao pagamento de salários e aos seguros dos jogadores, argumentos que são rebatidos pelo sindicato de jogadores.
O presidente-executivo da Associação Colombiana de Jogadores Profissionais (Acolfutpro), Carlos González Puche, disse que apenas metade das 36 equipes das divisões A e B cumprem com os requisitos financeiros mínimos. A média de público nos estádios nas primeiras sete rodadas do Campeonato Colombiano passado foi de 9.592 presentes, e caiu para 6.103 na edição atual, segundo a imprensa local, que atribui o fato à pouca qualidade do espetáculo, à ausência de jogadores conhecidos e aos problemas derivados das más administrações.
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