quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Clube dos 13 defende fim de exclusividade da Globo



O futebol brasileiro pode ver neste ano o fim de uma hegemonia. Ao menos essa é a ideia inicial do Clube dos 13, entidade que representa 20 clubes do país. Em conversas preliminares, o grupo decidiu fatiar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em diferentes mídias, fazer negociações individuais e acabar com a exclusividade da Globo.

A postura ainda depende, evidentemente, das propostas que forem feitas e do quanto a Globo se dispuser a pagar para manter a exclusividade. Inicialmente, contudo, a ideia do C13 é separar os direitos entre TV aberta, TV fechada, internet, telefonia móvel e pay-per-view, que será o primeiro a ser negociado – cada mídia terá licitação individual.

“Essa é uma ideia preliminar, mas que nós ainda pretendemos trabalhar. Temos uma competição de sucesso, e precisamos valorizar isso. O pay-per-view atingiu 800 mil compradores neste mês. Nós achamos que pode bater um milhão ainda neste ano”, opinou Fábio Koff, presidente do C13.

Mesmo na TV aberta existe a possibilidade de a exclusividade da Globo ruir. O C13 considera a chance de vender direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a mais de uma emissora e separá-las em diferentes dias da semana.

As negociações para isso, porém, devem avançar apenas no fim deste ano. Atualmente, representantes do C13 colhem informações sobre contratos de TV de ligas de futebol espalhadas pelo mundo para terem base de comparação com a realidade brasileira.

Depois de esse estudo estar pronto, a comissão de TV do C13, liderada por Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras, montará planos e metas para o grupo sobre esses contratos. A partir daí, as reuniões serão feitas entre emissoras, esse grupo menor e a cúpula da entidade das equipes.

Assinado em 2008, o atual contrato de TV rende R$ 600 milhões ao C13 e dá exclusividade à Globo em todas as mídias. A meta do grupo é atingir ao menos R$ 1 bilhão no próximo acordo.

A negociação desses direitos, aliás, foi uma das principais justificativas para o pleito presidencial da entidade ter sido antecipado. O Clube dos 13 definiria seu comando no fim do ano, mas realizou eleições em abril para que a diretoria vencedora tivesse mais tempo para formatar modelos e contratos.

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